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Repensar a Antropologia Teológica: Modernidade e Liberdade



Para saber “que é o homem” é oportuno interrogar-se a respeito de Deus. O conceito que se tem de Deus reflete na explicação que se dá acerca do homem. Heidegger entendia que o mundo é uma conexão de coisas finitas criadas por Deus e, por isso, a partir do conceito de Deus, é possível discutir e deduzir o que pertence ao ente na medida em que ele é criação de Deus. [1]
A origem do homem está em Deus e o sentido da existência e da natureza real do ser humano encontra-se respectivamente nele. Cabe perfeitamente aqui a arguta observação de Queiruga ao afirmar que “pelo esquecimento de Deus, a própria criatura torna-se obscura”. [2]
 O estudo da teo-logia conduz o pesquisador necessariamente à pesquisa da antropo-teo-logia. Esse movimento dialético somente é possível mediante a auto-revelação de um Deus pessoal e de uma resposta-decisão da parte do homem. Não é possível, portanto, conceber uma teologia que, próxima de Deus, se afaste do homem, ou que próxima do homem se afaste de Deus.
Uma concepção renovada da antropologia teológica e pastoral, ambas estagnadas pelo dualismo e concepções vetustas e ultrapassadas, não é apenas necessária como também plausível. A primeira deve buscar uma reflexão renovada e atualizada do homem sob os auspícios de uma hermenêutica teológica e interdisciplinar. A segunda, valendo-se dos resultados desse saber, é desafiada a caminhar em direção a uma práxis que não seja apenas contextualizada aos reais dilemas de nossa comunidade, mas também capaz de produzir renovação e integralização da pessoa a Deus, a si, ao outro e à criação.
Vejamos alguns elementos que exigem da pastoral e da teologia uma reflexão.
1. Inculturação da fé
 A primeira interpelação diz respeito à inculturação da fé cristã aos novos paradigmas filosóficos e científicos de nossa contemporaneidade. É assente e ponto pacífico na teologia a relação do saber teológico com os paradigmas explicativos da realidade de seu tempo. A teologia sempre foi e será uma ciência inculturada. Neste aspecto, é necessário ao trabalho pastoral ensinar a comunidade a desaprender as formulações arcaicas, os conceitos teológicos e litúrgicos ultrapassados, que não mais falam ao homem moderno. Roger Haight, com o discernimento que lhe é peculiar, afirmou “que a mera repetição de fórmulas teológicas não presta serviço algum ao povo de Deus”, muito pelo contrário, essa cantilena só pode provocar fastio e constitui uma infidelidade e irresponsabilidade para com a mensagem cristã. [3] É necessária uma interpretação mais criativa dos dados da fé transformando-os em fonte de conhecimento e renovação do ser humano.
O dogma é um caminho, uma orientação. Uma afirmação dogmática reflete o contexto que a gerou, pois se trata de uma resposta a uma situação epocal. Gerações que vivem em épocas diferentes devem dar novo vigor, frescor e interpretação ao dogma. Claude Geffré assevera que devemos “reinterpretar os enunciados dogmáticos à luz de nossa leitura atual da Escritura”. [4] Não é possível anunciar o Evangelho sem considerar o homem moderno, o seu destinatário.
2. Visão integral do ser humano.
Não é mais possível negar os reclamos científicos que exigem da fé uma resposta dialógica. Não podemos mais aceitar uma visão de homem que lhe negue sua completude. Não é mais possível se fechar à possível abertura que os tempos modernos apresenta à renovação da Igreja.
 
Neste ínterim, a pastoral deve resgatar o sentido de pessoa que encontra no amor e liberdade de Deus o seu fundamento. Ser pessoa é ser livre. [5] Heidegger afirmava que a liberdade não é uma propriedade (Eigenschaft) do homem, mas que o homem é essencialmente livre. Entendia o filósofo que para o homem adorar a Deus precisava estar livre de Deus, livre para se desviar de Deus, não determinado ou compelido por Deus para adorá-lo. [6] Se o homem adorar a Deus deve fazê-lo mediante uma ação livre, não compelida. Ser livre, em última instância, é ser capaz de se decidir a favor ou não de Deus.
 
A concepção heideggeriana de modo algum entra em conflito com a teologia. Em Deus subsiste em toda plenitude a liberdade, o amor e a relação, elementos pessoais constitutivos. Deus criou o homem como ser livre, “chamado para se decidir na abertura, para acolher o dom de Deus salvador-criador e para viver o amor concreto ao outros seres pessoais e assumir responsabilidade face ao mundo criado por Deus”. [7] Todavia, como a experiência tem demonstrado e a própria escatologia paulina, nem todos ainda se submetem ao senhorio de Cristo e respondem positivamente ao seu chamado (1Co 15,24-28). Não é isto indício de uma liberdade, mesmo que negativa?
Ao criar o homem como ser livre (para), o próprio Senhor arca com a responsabilidade de o homem desejar ser livre d’Ele. O ser, assim, é pessoa, criada pelo amor e liberdade de Deus, capaz de se decidir a favor ou mesmo contrário a Deus. Javé decide criar o homem e o faz como um ser livre. Embora não explícito, a última proposição conforma-se à concepção do escritor, segundo a qual Deus criou o homem e o guia para a salvação. Segundo Werner Schmidt, os relatos de Gn 2-8 apresentam uma estrutura básica e uma dinâmica que podem ser descritas nos seguintes estágios: “providencia salvadora de Dios, culpa del hombre, castigo, acogida misericordiosa y nuevo comienzo”. [8] O mundo é o palco no qual Deus revela o seu amor ao homem e reafirma sua autonomia e liberdade ao permitir que ele faça suas próprias escolhas, mesmo que essas contrariem seus mandamentos (Gn 3). Somente uma perspectiva da liberdade de Deus e do homem pode conformar-se ao sentido de autonomia do sujeito, da natureza e do social propalados pela Modernidade.
A pastoral, por conseguinte, não se pode fechar ao novo contexto que tanto desafia quanto impele a Igreja ao cumprimento de sua missão no mundo. Teólogos pentecostais pensemos nisto.
 
Esdras Costa Bentho
Mestrando em Teologia - PUC RJ
Notas
1 Martin HEIDEGGER. Introdução à filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2008, p. 264.
2 Andrés T. QUEIRUGA. O Vaticano II e a teologia, in Alberto MELLONI; Christoph THÉOBALD (orgs.)Vaticano II: um futuro esquecido? CONCILIUM, 312-2005/4, Rio de Jneiro: Vozes, p. 24.
3 Roger HAIGHT. Dinâmica da teologia. São Paulo: Paulinas, 2004, p. 14.
4 Claude GEFFRÉ. Crer e interpretar: a virada hermenêutica da teologia. Rio de Janeiro: Vozes, p. 73.
5 Alfonso GARCÍA RUBIO. Elementos de antropologia teológicasalvação cristã: salvos de quê e para quê? 4.ed., Rio de Janeiro: Vozes, 2007. O autor afirma que a pessoa é chamada a ser senhora de sua própria vida, capaz de fazer suas próprias escolhas e assumir as responsabilidades adjacentes à liberdade, p. 107-115.
6 Michael INWOOD. Dicionário Heidegger. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2002, p. 106. Heidegger distingue sete tipos de liberdade, razão pela qual os conectivos para e de aparecem em itálicos, uma vez que representam dois conceitos de liberdade mais importantes para Heidegger: (1) libertação, libertar-se de; e (2) ligar-se a, liberdade para. Ele distingue Eigenschaft (qualidade do homem) e Eigentum (possessão do homem). Assim a liberdade do homem é definida como uma propriedade, Eigentum, e não uma qualidade, Eigenschaft.
7 Alfonso GARCÍA RUBIO. (ed.) O humano integradoabordagens de antropologia teológica. Petrópolis: Vozes, 2007, p.265.
8 Werner H. SCHMIDT. Introduccional Antiguo Testamento. Salamanca:EdicionesSigueme, 1983, p. 105.

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Escola forma bruxas adolescentes no Brasil


A Casa de Bruxa, localizada em Santo André/SP, tem se popularizado por ensinar adolescentes a se tornarem feiticeiras. São aulas de botânica, astronomia e culinária. O custo é R$ 1.876 a cada 13 lunações, cerca de 4 meses. O total são necessário são 2 anos para se obter o diploma.
Com o nome oficial de Universidade Livre de Holística, a Casa da Bruxa vê sua popularidade crescer por causa de livros e filmes que mostram bruxas e seres sobrenaturais como heróis, caso das séries Harry Potter, Crepúsculo e “Dezesseis Luas”, que estreia hoje no Brasil
Laura Regina de Santana, 18, e Larissa Miotto, 16, são estudantes da Universidade. A mais velha diz que começou a estudar bruxaria após participar de um ritual e ler os livros ‘As Brumas de Avalon’. A mais nova teve influência dos pais. “Minha mãe é bruxa e meu pai é mestre de reiki”, conta a reportagem do IG.
“Eu gosto de bruxaria desde que eu me entendo por gente”, acrescenta, enfatizando que frequenta a Casa de Bruxa desde que nasceu, mas só se tornou aluna oficialmente ano passado.
Segundo as adolescentes, elas são constantemente alvos de brincadeiras maldosas de pessoas que não aceitam sua opção. “Quando ficam sabendo que sou bruxa, os meninos começam a falar: ‘Nossa, sai daqui. Amarrado em nome de Jesus’”, lamenta Larissa. “Já me perguntaram se eu faço um pacto com o demônio, se eu ofereço coisas para ele”. “Há pessoas que fazem coisas ruins, mas a maldade está nelas e não na bruxaria”, diferencia Larissa.
Todos os meses, as bruxas fazem celebrações para a Lua Cheia. Além disso, fazem seus feitiços “do bem” e cuidam de seu altar individual de bruxa. “Ele é meio como se fosse a nossa vida, então, quando você o organiza, é como se arrumasse ela também”, explica a aprendiz.
Todos os estudantes da Casa de Bruxa usam capa, caldeirão, varinha mágica e chapéu. Mas a escola enfatiza que só pode frequentar as aulas quem tiver a autorização dos pais. No final, elas passam por uma espécie de ritual de consagração, uma formatura em que receberão seu “nome mágico”, que é mantido em segredo.
Para os alunos, isso não é o mais importante. Afinal, eles acreditam que muita gente faz algum tipo de ritual mágico, chamados de simpatias.
“Comer sete sementes de romãs no Ano Novo, por exemplo, é coisa de bruxa”, explica Laura. Ou seja, todos nós somos feiticeiros e nem sabíamos disso. Já para Larissa, “toda mulher tem um pouco de bruxa”.

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O fim do cristianismo na Europa?



Igrejas cristãs são substituídas por mesquitas no Velho Continente
Por força da lei, o exterior da antiga igreja luterana Kapernaumkirche continua igual. Mas por dentro em breve o espaço abrigará a mesquita do Centro Islâmico Al-Nour. Foram gastos um milhão de euros na reforma do templo, que exemplifica uma tendência cada vez mais comum na Europa.
A associação Al-Nour, fundada em 1993, reúne a maior parte dos muçulmanos que moram em Hamburgo, Alemanha, berço da Reforma Protestante.  Os moradores da área aceitaram sem problemas esta nova utilização do prédio. Os líderes da Igreja Luterana dizem que tiveram de vender a igreja por problemas financeiros, já que restavam apenas alguns fieis indo aos cultos.
O porta-voz da comunidade muçulmana, Daniel Adbin, comemora que após 20 anos os muçulmanos da cidade terão uma mesquita reconhecida. Até recentemente eles se reuniam em um prédio comum, já que não podiam construir um templo.
Somente na Alemanha, mais de oitocentos igrejas católicas e protestantes  foram fechadas desde o início da década de 1990. No entanto, este fenômeno que é chamado de “Euroislãmização” tem se espalhado por todo o continente.
Os representantes da Igreja Católica na França há décadas alertam sobre as pessoas que estão abandonando a fé cristã e, com isso, abrindo espaço para o crescimento do Islã.
Um estudo realizado pelo Instituto Hudson em 2011 mostrou que na França  o Islã deverá ser a religião dominante em dez anos, deixando o domínio católico para trás. Ao mesmo tempo,  a Holanda, onde surgiu a Igreja Reformada,  tinha  mais de 4200 igrejas cristãs em 2011. Estima-se que 1400 delas não existirão mais até 2020. Mais de 900 igrejas foram fechadas no país desde 1970. Muitas hoje abrigam mesquitas.
Segundo Silantiev Romano, professor da Universidade Estatal de Moscovo e estudioso do Islã, esses dados mostram uma tendência do cristianismo ser extinto na Europa como parte da rápida mudança no mundo. Para o estudioso, essa é uma derrota real para o Ocidente, que está perdendo inegavelmente espaço para o Islã, em um fenômeno de “ocupação cultural”.
De acordo com Romano, a negação dos valores cristãos europeus, mostra que em algumas décadas o Velho Continente poderá estar dividido entre ateus (ou sem-religião) e os muçulmanos.

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Lição 10 - HÁ UM MILAGRE EM SUA CASA



Texto Áureo: II Rs. 4.4 – Leitura Bíblica: II Rs. 4.1-7

Prof. José Roberto A. Barbosa


INTRODUÇÃO

Em continuidade ao estudo de Elias e Eliseu, trataremos, na aula de hoje, a respeito da história de um milagre. Inicialmente definiremos biblicamente o que é um milagre, em seguida, abordaremos o texto bíblico alusivo à lição, sobre a multiplicação do azeite da viúva, e ao final, mostraremos que o Deus da Bíblia ainda é o mesmo e que realiza milagres, sempre de acordo com Seus propósitos soberanos.

1. MILAGRE, DEFINIÇÕES BÍBLICAS

Existem várias palavras bíblicas para milagre, geralmente atreladas ao conceito de sinal. O termo hebraico mais recorrente é ot, com o sentido de sinal ou milagre, ressaltando uma marca distintiva ou visível de uma manifestação divina. É digno de destaque que essa palavra se encontra em Gn. 1.14, fazendo referência à ordem criada por Deus. Por conseguinte, compreendemos que a própria natureza é um milagre de Deus, o sol e a lua são exemplos dessa verdade. Em geral, ot diz respeito a um milagre ou sinal proveniente do próprio Deus. O arco-íris, que apareceu no céu, após o dilúvio, é um sinal de Deus (Gn. 9.12). O dia de descanso também é um sinal de Deus a fim de preservar o bem estar do Seu povo (Ex. 31.13). Mas a ocorrência mais comum de ot é de um milagre, uma revelação ou atuação divina. As pragas com o objetivo de julgar a terra do Egito e libertar o povo de Israel da escravidão tratou-se de um milagre ou sinal de Yahweh (Ex. 7.3; 8.23). O mesmo pode ser dito a respeito da visitação do anjo da morte (Ex. 12.13) que deu origem à Páscoa. O nascimento predito do servo sofredor, de uma virgem, seria um milagre (Is. 7.11,14). A travessia do Jordão pelo povo de Israel foi que resultou na construção de um memorial (Js. 4.6). A palavra hebraica mophet é sinônima de ot e significa tanto sinal quanto milagre e maravilha. O Senhor é o sujeito dos milagres, é Ele quem os realiza (Dt. 13.1; 28.46; I Rs. 13.3; Sl. 105.5). Outra palavra hebraica para milagre é pala, que se refere aos feitos extraordinários de Deus, tais como os realizados no Egito (Ex. 3.20) e prometidos ao povo de Israel quando esse adentrasse à terra prometida (Js. 3.5). No Novo Testamento a palavra para sinal é semeion, equivalente à hebraica ot. Os judeus dos tempos de Jesus queriam ver sinais, isto é, milagres (Jo. 2.18; 6.30), especialmente os fariseus (Mt. 12.38; 16.1; Mc. 8.11; Lc. 11.16, 29). Jesus realizou muitos milagres, mesmo assim os religiosos da sua época não acreditaram nEle. Isso porque os milagres somente podem ser recebidos pelos olhos da fé, o homem racional tenderá a negá-los, além disso, há pessoas que ficam dependentes deles (Jo. 2.11,23; 3.2; 4.48, 54; 6.2,14,26,30; 7.31; 11.47; At. 2.22). Os apóstolos também realizaram muitos milagres, como testemunho (At. 1.8) da autoridade divina a eles conferida (At. 2.34; 4.16; 5.12; 6.8).

2. A HISTÓRIA DE UM MILAGRE DOMICILIAR

Em II R. 4.1-7 nos deparamos com a história de uma mulher que era esposa de um dos discípulos dos profetas. A morte do seu marido, que havia sido servo de Eliseu, deixou aquela família em situação precária. Muitas dívidas assolavam aquela casa, isso porque um dos credores havia ameaçado vender os dois filhas da mulher como escravos a fim de que a dívida fosse saldada, algo legitimado pela lei (Ex. 21.7; Lv. 25.39; Ne. 5.5; Is. 50.1; Jr. 34.8-11). Diante daquela situação angustiante, a mulher apelou ao profeta Eliseu, a fim de que esse encontrasse uma solução. Eliseu quis saber o que aquela mulher tinha em casa (I Rs. 4.2). Ela respondeu que nada tinha de valor, a não ser uma botija de azeite. É assim que Deus trabalha, muitas vezes dispomos de tão pouco, mesmo assim Ele não despreza o que temos para oferecer. A multiplicação do azeite aconteceria em seguida, mas a mulher deveria tomar vasilhas emprestadas na vizinhança. Ela somente pode fazê-lo porque desfrutava de bom relacionamento com os vizinhos. Há crentes que não poderiam fazer o mesmo, pois lhes falta um convívio respeitoso com a vizinhança. O profeta Eliseu dá uma instrução específica: a mulher deveria entrar e fechar a porta, a fim de testemunharem o grandioso milagre de Deus. Enquanto havia vasilha a multiplicação do azeite não parou, a provisão de Deus é suficiente, evita desperdícios (Mt. 4.13-21). O milagre de Deus não é para a ostentação, algumas pessoas, inclusive nas igrejas evangélicas, que por amarem o dinheiro, se desviam da fé (I Tm. 6.10). A situação da viúva foi resolvida porque Deus entrou em ação através do profeta Eliseu. Mas ela precisou fazer a sua parte, comercializando o azeite multiplicado (II Rs. 4.7). Quantas pessoas que não tomam iniciativa na vida, querem tudo sem fazer o menor esforço, essa não é uma prática cristã. Não podemos esquecer que o trabalho é uma ordenança divina, e que este dignifica o homem, principalmente quando este ajuda aos outros (I Ts. 4.10-12; II Ts. 3.10-12; Ef. 4.28).

3. DEUS AINDA REALIZA MILAGRES

Deus continua realizando milagres hoje, isso porque Jesus Cristo é mesmo ontem, hoje e eternamente (Hb. 13.8). Infelizmente algumas igrejas pseudopentecostais estão transformando milagres em negócios. Elas não pregam a salvação em Jesus Cristo, deixam de atentar para o fato bíblico de que os milagres são sinais, portanto, devem apontar para o caráter salvífico de Cristo (Mc. 16.15,16). Mas porque elas fazem uso indevido dos milagres, nós, os pentecostais, não devemos desconsiderar essa importante doutrina bíblica. A fé é condição necessária para a realização de milagres, todos os que se aproximam de Deus precisam tê-la, sem esta é impossível agradá-LO (Hb. 11.1,6). Nos tempos de Jesus muitos foram curados porque creram no poder de Deus (Mt. 9.28,29), mas outros não receberam o milagre porque descreram (Mt. 14.30,31). Não podemos deixar de atentar para a orientação bíblica de que os milagres têm um propósito, e este é o de glorificar a Deus e não aos homens (Jo. 11.4). Muitas igrejas evangélicas, se é que assim podem ser denominadas, estão explorando comercialmente os milagres. Elas não testificam da mensagem da salvação, muito menos da santificação, seus motivos são egoístas (Jo. 6.26). Os milagres, desde o Antigo Testamento, tinham como propósito revelar a veracidade da mensagem divina (Ex. 4.1-17). Uma igreja genuinamente cristã, e verdadeiramente pentecostal, defende a atualidade dos milagres nos dias de hoje (I Co. 12.8-10). Ela ensina também o evangelho em sua totalidade, incluindo a doutrina da salvação e da santificação (II Tm. 3.16).

CONCLUSÃO

Através do profeta Elias Deus realizou um milagre na casa da viúva, ela tinha muito pouco, apenas uma botija de azeite. Nos dias atuais Deus continua realizando milagres, eles servem para mostrar a veracidade da mensagem evangélica. Toda igreja genuinamente pentecostal estimula a fé dos seus membros. Ela não despreza a atualidade dos milagres, principalmente dos dons espirituais.  A ênfase, no entanto, está na salvação dos perdidos, e no crescimento espiritual em santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor (Hb. 12.14).

BIBLIOGRAFIA

DILLARD, R. B. Faith in the face of apostasy: the gospel according to Elijah and Elisha. New Jersey: P&R, 1999.
RUSSEL, D. Men of courage: a study of Elijah and Elisha. Oxford: Christian Focus, 2011.


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Lição 06 - A VIÚVA DE SAREPTA



Texto Áureo: Lc. 4.25,26 – Leitura Bíblica: I Rs. 17.8-16

Prof. José Roberto A. Barbosa


INTRODUÇÃO

A sociedade contemporânea matou Deus, preferiu fugir da Sua realidade. Mas, a Bíblia, a Palavra de Deus, nos mostra que Ele está vivo. Na lição de hoje estudaremos a respeito da viúva de Sarepta e da providência divina através do profeta Elias. Inicialmente trataremos a respeito do contexto no qual aquela viúva viveu, em seguida, a atuação de Elias diante da adversidade da viúva, e por fim, a providência de Deus como resposta à oração.

1. A VIÚVA DE SAREPTA

Sarepta era uma pequena cidade costeira, fora das fronteiras de Israel, pertencia ao domínio dos sidônios. Aquela região também passou por dificuldades em razão dos três anos e meio de seca, a respeito da qual profetizou Elias. Durante a seca, o próprio profeta se refugiou próximo ao ribeiro de Querite, até que este secou. Por providência divina Elias era alimentado pelo Senhor, os corvos lhe traziam comida. Quando a privação chegou, o profeta recebeu uma orientação do Senhor, para que se dirigisse à Sarepta, pois ali seria alimentado por uma viúva (I Rs. 17.9). Ao chegar naquela pequena cidade, o homem de Deus se deparou com a viúva catando gravetos, isso mesmo, não era lenha, pois pretendia fazer um pequeno fogo. Isso mostra que a comida era escassa, e a dificuldade abundante. Depois de horas de viagem e de cansaço, o profeta do Senhor pede àquela mulher que lhe dê comida. A mulher, obedecendo ao instinto materno, responde que tem apenas um pouco de farinha e azeite, que comerá aquela porção com o seu filho, e depois morrerá (I Rs. 17.12). O profeta, por revelação divina, revela-lhe que se ela o alimentar, tendo em vista que estava faminto, o Senhor os preservaria. Essa declaração do profeta estava fundamentada em Deus, não em interesses meramente humanos. Há muitos falsos profetas nos dias atuais, pseudoevangélicos, que se apropriam indevidamente das posses das pessoas, com promessas que Deus não fez. Mas diante da Palavra de Deus, a mulher creu, e colocou a sua fé em ação, obedecendo à mensagem profética.

2. O PROFETA E A VIÚVA DE SAREPTA

De fato, a panela de farinha nunca esvaziou, e a botija de azeite jamais secou, o Senhor supriu as necessidades daquela família. Esse é um ensinamento relevante para os dias atuais, nos quais as pessoas querem sempre mais do que precisam. Ao invés de confiarem na providência de Deus, angustiam-se demasiadamente, vivem ansiosas, perdem a fé e a confiança em Deus (Mt. 6.26-30). A teologia da ganância está fazendo estragos na fé evangélica brasileira. O contentamento, ensinamento bíblico que nada tem a ver com comodismo, não é admoestado nos púlpitos (I Tm. 6.6; Hb. 13.5). A providência divina não nos isenta do sofrimento, pois depois disto adoeceu o filho da mulher, da dona da casa, e a sua doença se agravou tanto, que ele morreu (I Rs. 17.17). A viúva de Serepta, mesmo tendo crido na mensagem do profeta, teve um momento de fraqueza, e quis culpá-lo pela morte do seu filho. Essa teologia da causa e efeito é bastante comum ainda hoje, e antiga, desde os tempos dos amigos de Jó. As pessoas querem sempre encontrar um culpado pelos sofrimentos. Os próprios discípulos de Jesus queriam saber o porquê de o homem ter nascido cego (Jo. 9.1). Ao invés de tentar justificar a teologia equivocada da mulher, Elias resolveu agir, e confiante no Deus da providência, pediu o filho, tomou-o dos seus braços, o levou para cima, e o deitou sobre a cama (I Rs. 17.19). O silêncio de Elias teve uma razão de ser naquele contexto, pois há momentos em que simplesmente as palavras não resolvem. O profeta também não questiona Deus pelo ocorrido, ele se entrega à soberania dAquele que tem todas as coisas sob o Seu comando.

3. A PROVIDÊNCIA DE DEUS ATRAVÉS DA ORAÇÃO

A confiança do profeta repousava sob a providência de Deus, com ternura Elias coloca o menino em sua cama, e recorre a último recurso do crente: a oração (I Rs. 17.20). O silêncio de Elias, diante da mãe daquele menino, se transformou em palavras diante do Senhor. Deus não receia nossa sinceridade, sua maior preocupação é com o nosso desdém em relação a Ele. Quantos hoje já não oram mais? Essa, certamente, é a geração que se esqueceu de orar. As pessoas, confiantes em seus aparatos tecnológicos, vivem como se Deus pudesse ser desconsiderado. A oração é uma necessidade para todo cristão. O apóstolo Paulo é incisivo ao orientar os crentes para que orem sem cessar (I Ts. 17). Jesus já havia orientado os Seus discípulos quanto à importância da oração (Mt. 26.41). Oramos não determinando o que Deus deve ou não fazer, pois é a vontade dEle que prevalece (I Jo. 5.14,15). O modelo de oração a ser seguido pelos cristãos não é o de Jabez, mas o de Cristo, pois Ele nos ensinou corretamente a orar (Mt. 6.5-13). Conforme nos instruiu o próprio Mestre, as orações não devam ser meras repetições, mas uma entrega total, e confiante na providência divina. Muitas vezes não sabemos orar como convém, mas o Espírito Santo nos auxilia na oração, com gemidos inexprimíveis (Rm. 8.26,27). A fé é um elemento imprescindível na oração, pois aquele que se aproxima do Senhor deve saber que Ele é galardoador dos que O buscam (Hb. 11.1,6). A perfeição não é condição para a oração, pois Elias, como bem lembra Tiago, era um homem simples, mas orou, e o Senhor o ouviu (Tg. 5.17,18).

CONCLUSÃO

Em resposta à oração do profeta Deus fez com que o menino revivesse (I Rs. 17.22-24).  Elias era um homem sujeito as mesmas paixões que nós, e não desprezou a oração. Esse é um estímulo para buscamos o Senhor em oração, sempre com a motivação maior, de nos relacionarmos com Ele. Jesus, o homem perfeito, também orou, e se Ele assim o fez, não podemos agir diferentemente (Mc. 1.35; Mt. 14.23; Lc. 6.12).

BIBLIOGRAFIA

GETZ. G. Elias: um modelo de coragem e fé. São Paulo: Mundo Cristão, 2003.
SWINDOLL, C. R. Elias: um homem de heroísmo e humildade. São Paulo: Mundo Cristão, 2001.


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Lição 02 - ELIAS, O TISBITA

Texto Áureo: II Rs. 1.7,8 – Leitura Bíblica: I Rs. 17.1-7



Prof. José Roberto A. Barbosa




INTRODUÇÃO


Na lição de hoje estudaremos a respeito de Elias, o tisbita, um homem de Deus que com fé e coragem não fugiu da sua responsabilidade. A princípio destacaremos o chamado de Elias, sua fé e coragem, e ao final, seu exemplo. Aprenderemos que a vida e a mensagem de Elias inspiram homens e mulheres, até mesmos os mais simples, a servirem ao Deus Vivo e Verdadeiro.



1. A VOCAÇÃO DE ELIAS


Elias, Elijah em hebraico, fora vocacionado pelo Senhor já partir do seu nome, cujo significado é “Meu Deus é Jeová” ou “O Senhor é o meu Deus”. Naquele tempo Acabe e Jezabel, que estavam no comando do Reino do Norte, se voltaram à idolatria, conduzindo o povo à apostasia. É nesse contexto que Deus chama Elias, o Seu profeta, refutando, a partir do seu nome, a apostasia israelita. Elias era de Tisbe, por isso é denominado de tisbita. A localização dessa cidade não é exata, ainda que o texto bíblico a situe em Gileade, no norte da Transjordânia, do lado leste do rio Jordão. Tratava-se de um lugar isolado, fora do mapa, de um povo simples. Os historiadores afirmam que seus habitantes eram rudes, queimados pelo sol, musculosos e fortes. Não se destacava pela educação, sofisticação e diplomacia, Elias, por assim dizer, era “a cara da sua terra”. De certo modo podemos afirmar que era um homem áspero, sem formação instrucional, a não ser a divina. O estilo de Elias estava atrelado às suas raízes, por isso não “tinha papas na língua”, ou seja, falava a verdade, sem arrodeio. De uma hora para outra ele se apresenta diante do rei Acabe, sem medo ou relutância. Ele vai direto ao assunto, questionando os procedimentos do casal que se opunha ao propósito de Deus. Diante da apostasia, sua mensagem era necessária, seu pronunciamento urgente. Ele foi chamado por Deus para estar na brecha, isso ainda acontece em tempos difíceis (Ez. 22.30). Como profeta de Deus, surpreendeu seus ouvintes, não dizendo o que desejavam, mas o que o Senhor orientava. Os mensageiros de Deus devem proceder de igual modo, pois muitos não querem mais ouvir a Palavra de Deus (II Tm. 4.1-4). Para tanto é preciso estar sempre diante de Deus, não se apartar do santo livro, e não deixar de buscar o Senhor em oração.



2. ELIAS, UM HOMEM DE FÉ E CORAGEM


Elias não fala de si mesmo, como todo profeta, ele é porta-voz de Deus, pois “veio-lhe a palavra do Senhor dizendo” (I Rs. 17.2). O profeta é um homem de fé, já que acredita na revelação do Senhor. A fé não está fundamentada no visível, mas na esperança nas coisas que não se veem (Hb. 11.1). Sem fé é impossível agradar a Deus, o Senhor exige confiança daqueles que dEle se aproximam (Hb. 11.6). A fé, e por conseguinte, a fidelidade, vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus (Rm. 10.17). A fé na palavra de Deus fez com que Elias demonstrasse coragem para enfrentar a oposição. A igreja também é porta-voz de Deus na terra, por isso, mesmo com suas limitações, não pode fugir da responsabilidade (Mt. 16.18). O compromisso da igreja é com a Palavra de Deus, sem esta ela nada tem a dizer (II Tm. 3.16,17). A voz que impulsionava Elias não vinha de dentro dele mesmo, mas de fora, para ser mais preciso, de cima. A Palavra de Deus é fiel e verdadeira, digna de toda aceitação (I Tm. 4.9). A igreja de Jesus Cristo não deve ter a pretensão de ser politicamente correta (II Co. 4.1,2). Sua missão na terra é a de ser biblicamente correta, isto é, a de enunciar todos os desígnios de Deus (At. 20.27). A igreja deve orar pelas autoridades, a fim de que tenhamos vida tranquila e mansa (I Tm. 2.2). Mas isso não quer dizer que as igrejas devem ser subservientes, principalmente quando as autoridades se opuserem à Palavra de Deus (At. 5.29). Para tanto é preciso ter fé e coragem, e lembrar que Jesus enviou seus discípulos como “ovelhas para o meio de lobos” (Mt. 10.16).



3. ELIAS NO NOVO TESTAMENTO


O ministério de fé e coragem de Elias é lembrado no Novo Testamento. Jesus relaciona o ministério de João Batista ao de Elias, certamente pela ousadia desses dois profetas (Lc. 1.17). Assim como Elias, João Batista não tinha receio de anunciar a Palavra de Deus, ainda que as autoridades não gostassem. Este último foi martirizado por denunciar os pecados dos poderosos da sua época (Mt. 14.3,4). Durante a transfiguração de Jesus, no monte, o evangelista Mateus registrou que estavam presentes Elias e Moisés, que falavam com Cristo (Mt. 17.3; Lc. 9.30,31). A fé da viúva de Sarepta, no seu encontro com Elias, foi destacada por Jesus, ressaltando a importância daqueles que eram considerados não povo pelos judeus (Lc. 4.24-26). A realização de milagres por Jesus fez com que Ele fosse confundido com Elias ressuscitado (Mt. 16.14; Mc. 6.15; 8.28). Tiago, em sua epístola, afirma que Elias era homem semelhante a nós, mas que orava ao Senhor, sendo esse o motivo dos milagres que realizou (Tg. 5.16-18). A mensagem e a vida de Elias inspirou vários personagens do Antigo Testamento. A importância desse profeta fiel e corajoso é atestada pelo Senhor Jesus Cristo. A vida e a mensagem de Elias devem servir de motivação para homens e mulheres de Deus desta geração. O Deus da Bíblia continua usando pessoas simples, os “tisbitas” do nosso tempo, para proclamarem Sua mensagem.



CONCLUSÃO


Tal como Elias, o tisbita, vivemos em contexto de apostasia, as pessoas não têm compromisso com a Palavra de Deus. Mas Deus, o mesmo de Elias, ainda vocaciona pessoa, sejam elas cultas ou indoutas, para serem testemunhas da Sua revelação. Nesses dias tão difíceis, a respeito dos quais antecipou Paulo (II Tm. 3.1,2), precisamos de fé, sobretudo de fidelidade, para que, com coragem, sejamos arautos de Deus para esta geração corrupta (Fp. 2.15), sendo sal da terra e luz do mundo (Mt. 5.13-15).  



BIBLIOGRAFIA

GETZ, G. Elias: um modelo de coragem e fé. São Paulo: Mundo Cristão, 2003.
SWINDOLL, C. R. Elias: um homem de heroísmo e humildade. São Paulo: Mundo Cristão, 2001.

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